Como é feito o diagnóstico de Autismo?
O diagnóstico do autismo é clínico — ou seja, não existe um exame de sangue ou imagem que comprove o TEA. Ele depende de uma avaliação detalhada realizada por profissionais especializados em saúde mental e desenvolvimento infantil, como pediatras, neuropediatras, psiquiatras, psicólogos e neuropsicólogos.
Dra. Renata Valera
8/29/20252 min read
Autismo: Como é feito o diagnóstico?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios na comunicação, interação social e presença de comportamentos repetitivos ou interesses restritos.
O diagnóstico do autismo é clínico — ou seja, não existe um exame de sangue ou imagem que comprove o TEA. Ele depende de uma avaliação detalhada realizada por profissionais especializados em saúde mental e desenvolvimento infantil, como pediatras, neuropediatras, psiquiatras, psicólogos e neuropsicólogos.
Esse processo costuma envolver várias etapas:
1. Observação Comportamental
Os profissionais analisam como a criança se comunica, interage socialmente e reage a estímulos do ambiente. Essa observação pode incluir momentos em casa, na escola ou em interações com familiares e colegas. Por isso, também é importante ouvir relatos dos professores da criança.
2. Entrevista com os Pais e Cuidadores
O olhar da família é fundamental. Pais e cuidadores relatam o histórico de desenvolvimento da criança, desde os primeiros marcos da fala até a forma como ela se relaciona e organiza suas rotinas. Essa escuta ajuda a identificar sinais consistentes de autismo.
3. Avaliação do Desenvolvimento
São aplicadas ferramentas padronizadas que medem habilidades de linguagem, comunicação, motricidade, cognição e interação social.
Alguns instrumentos conhecidos são:
M-CHAT (Modified Checklist for Autism in Toddlers), usado em crianças pequenas;
ADOS (Autism Diagnostic Observation Schedule), considerado padrão-ouro para avaliação comportamental.
4. Exclusão de Outras Condições
O processo também inclui a investigação de outras causas que possam explicar os sintomas, como distúrbios de linguagem, deficiência intelectual, dificuldades de aprendizagem ou condições médicas específicas. Essa análise é essencial para evitar diagnósticos equivocados.
5. Diagnóstico Multidisciplinar
Muitas vezes, o diagnóstico é feito por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Essa abordagem colaborativa permite compreender de forma ampla as necessidades da criança e orientar o tratamento mais adequado.
Conclusão
O diagnóstico do autismo é um processo minucioso, que exige atenção, conhecimento técnico e escuta cuidadosa da família. Quanto mais cedo ele for realizado, maiores as chances de oferecer intervenções adequadas que promovam o desenvolvimento, a inclusão e a qualidade de vida da criança.
Sempre é importante procurar psicólogos especializados e psiquiatras.
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